Geopolítica das Grandes Pandemias e Endemias na África Subsaariana

Autor(es): Alexandrina Pereira Batalha


Páginas: 478
Editor: Edições Cosmos
ISBN: 9789727623952
Idioma: Português


Sinopse
A questão das grandes epidemias, pandemias e endemias em África, nomeadamente, Pobreza, HIV/SIDA, Tuberculose, Malária, Doenças Negligenciadas, como a Doença do sono (Tripanossomíases), Oncocercose, Filária Linfática, Ébola entre outras, não é apenas um problema de Saúde Pública, trata-se cada vez mais, de um problema político pandémico, de Saúde Global que se inscreve no âmbito das Relações Internacionais, e não se pode dissociar da Conflitualidade e Segurança Humana Global, uma ameaça para toda Humanidade.
Este estudo desenvolve um entendimento geopolítico das correlações de forças determinantes para prevalência do quadro epidemiológico com as maiores taxas de morbimortalidade do mundo, num espaço regional, o Hearthland negro designado pelo geopolítico Mackinder, uma zona de grande poder pela importância que tem para o Mundo Dependente do Comércio Marítimo, na visão geoestratégica de Samuel Cohen.Também a Nova geopolítica releva as implicações que as doenças infecciosas prevalentes na Região, têm para o sistema Global de Saúde, num mundo cada vez mais interdependente. Os países protagonistas de conflitos bélicos prestam piores cuidados de saúde e revelam uma maior incidência e prevalência de doenças infecciosas de grande letalidade provocadas por vectores, moscas, mosquitos, ou vírus como a Ébola. Num contexto geopolítico e, numa abordagem transdisciplinar epidemiológica, com o recurso a várias disciplinas das Ciências Sociais e Ciência Política, Ciência Médica, o estudo retrospectivo e prospectivo desenhou cenários tendenciais que obrigam a rever o presente que já compromete o futuro das geografias humanas, étnicas e políticas do bloco geopolítico subsaariano. Conclui-se que as epidemias, endemias, conflitualidades deixam sequelas irreparáveis pois a doença transmissível é um invasor subversivo, que retira poder efectivo aos Estados ricos em matérias primas, que perdem população, enfrentam a disrupção social, um elevado número de órfãos e a dependência económica e tecnológica.
Mas surgem sinais de mudança e esperança que ecoam no ar, para alguns países subsaarianos, que se posicionam com pretensões a estados directores emergentes e que impulsionam a construção inevitável, de um novo paradigma subsaariano no Século XXI. Muito embora a prospectiva multi-abrangente, através da monitorização de indicadores sócio sanitários, que esta obra apresenta e demonstra, num cenário tendencial, é inequívoco, que o presente já compromete o futuro das populações e consequentemente a sobrevivência política e étnica dos Estados. Contudo, há países cuja liderança, tem uma estratégia prospectivista para alterar o futuro, como por exemplo, o Estado-Nação Angola que, emerge com grande protagonismo no Sistema Internacional de forma meteórica, após 50 anos de guerra colonial e pós colonial. Os factos objectivos demonstram a transformação programática ideológica, a evolução sócio sanitária e económica. Atingiu uma das metas dos (OMD) erradicar a fome crónica. Comparativamente, com os seus vizinhos com pretensões a estados directores regionais, tem a menor taxa de prevalência de sida, menor número de órfãos, redução das epi-endemias, p.e doença do sono, malária. Outros indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano, serão melhorados para garantia do Poder efectivo. É a estratégia geopolítica, assente na estabilidade política e social, baseada no conceito nacional da angolanidade, unificador e dissuasor de conflitos étnicos, que lhe confere maior representatividade no mundo geopolinómico, nos centros de decisão regional e internacional e, devolve a dignidade e auto estima a um povo "especial", que quer ter saúde total, maior esperança de vida. Este desidrato acompanha o novo paradigma que se pretende para todo o bloco geopolítico subsaariano pois sabemos que, população saudável é Poder Nacional.

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